domingo, 14 de março de 2010

Alemanha - Parte 4

Logo que cheguei em Nuremberg, já voltei para a estação de trem para ir para Rothenburg ob
der Tauber. Cidadezinha com um forte todo em volta, mas muito fofa.



Acho que 80% das lojas são de bonecos e brinquedos. Eu diria que é a cidade do natal. Quando cheguei lá subi numa torre que tinha que pagar 1,5 euro, mas dava pra ver a cidade inteira. O velhinho do caixa cobrou só 1 euro porque ele falou que ainda sou criança (não é totalmente mentira, sejamos sinceros). Ele tinha uma voz sinistra mas ao mesmo tempo tinha voz e e contava histórias como narrador de filmes infantis. Muito fofo, deu várias dicas da cidade.



Quando desci ele ficou na janelinha lá em cima fazendo tchau por uns bons 10 minutos.
Passeei um pouquinho, passei por ruazinhas de moradores e fui num parque. Numa rua, havia um velhinho carregando algo aparentemente pesado. Fui oferecer ajuda (em inglês), e ele respondeu que não precisava. Mas aí desenbestou a falar....ele deve ter contado a vida dele inteira para mim, mas como foi tudo em alemão, não entendi nada. Bom, eu avisei que não sabia falar alemão e ele continuou falando, acho que precisava desabafar. Mas era muito simpático e sorridente. Eu só ria o tempo todo hihihi. Gostei.




Essa loja aqui abaixo parecia pequena e bonitinha, então entrei. Nossa, era gigante e parecia um parque de diversões. Um brinquedinho mais bonito que o outro. Para aqueles malucos que vivem para o natal e começam a decorar suas casas para o natal 2 meses antes, eu recomendo fortemente a visitar essa cidade e levar umas 3 malas grandes.



Eu estava bem doentinha nesse dia. Nariz bem entupido, tossia e espirrava o tempo todo, me cansava de andar 10 minutos, etc. Talvez eu até estivesse com febre e não sabia. Comprei comida no mercado e fui cozinhar no albergue. Lá tinha 2 franceses que se conheceram no próprio albergue. Comemos juntos e nos demos extremamente bem. Um era doido e não fazia nada da vida além de viajar, meio hippie e tal. E o outro era novinho mas já tinha viajado e morado em vários lugares, e ia morar na Alemanha dali não muito tempo.


Depois chegou um turco bem doidinho que tocava violão clássico. Consegui arranjar um violão pra ele e o fiz tocar. Babei, ele tocava muito bem.
Ficamos conversando e brincando os 4, até umas 2h da manhã.
Foi muito difícil comer porque eu não conseguia respirar direito. Dava muita aflição.
No outro dia passeei por Nuremberg, mas não parou de chover, então não vi muito.
Mas as fontes de lá são as mais marcantes e loucas que já vi na vida.
































sábado, 13 de março de 2010

Alemanha - Parte 3

Cheguei no albergue de Heidelberg, deixei as coisas lá porque não tinha ninguém na recepção, e saí em direção ao centro. De novo quis ir andando. Além do centro ser longe, tipo 45 minutos, eu peguei a direção errada e me perdi feio. Já estava virando rotina ahaha.

No centro estava tendo um festival, como em todas as cidades da Europa que visitei. Havia umas feirinhas da África e uma parte só árabe, com direito a várias apresentações de dança do ventre, mas só tinha uma dançarina boa, que dançou com a espada. Para quem não sabe, dancei uns 6 anos dança do ventre, tinha grupo e tal. Então parei pra ver a apresentação inteira. Foi uma surpresa pra mim.
Ah, uma coisa importante: Heidelberg possui a universidade mais antiga da Alemanha. Entrei lá pra xeretar.
A cidade é toda fofinha também, muitas árvores, flores, casinhas lindas de pedra, etc. O castelo ficava no centro mas tinha que subir bastante, então não fui (preguiça impera). Em uma pracinha uma banda tocava e encantava a todos. Os músicos eram todos muito experientes e tinham um brilho especial. Não era que nem as outras bandas que só um se destaca.



Fui à ponte ao lado da praça para tirar foto e veio um cara louco que dizia ser de Nova Iorque e tinha uns papos estranhos, do tipo que era produtor musical e era muito rico. Não gosto de gente assim, mas ele era um louco interessante. Assistimos à banda juntos. Finalmente vi os alemães se empolgando e dançando freneticamente ao som da banda maravilhosa. Merecia. O clima da cidade estava muito bom e eu estava bem tranquila. Tá tá...eu estava com um pouquinho de medo de me perder de novo e/ou demorar muito pra chegar, porque peguei o caminho mais fácil que era pela estrada. E odeio ser pedestre em estradas. Esperei pelo pôr-do-sol para voltar para o albergue. Antes, dei uma passadinha no Burguer King e comi o delicioso hamburguer vegetariano. Iuhul.

















Acordei, fui tomar o café-da-manhã e todo mundo na mesa fez amizade. Era uma coreana e o resto tudo da California. Fiz o que tinha que fazer e partí para Baden-Baden (via trens). Lá, peguei um ônibus para o centro, que era bem longe. Passei um pouco na cidade e fui para a terma "Caracalla". Ninguém fala inglês naquela cidade!!









A terma era super chique. Mas o preço de Julho é 17 euros por 4h. Não achei caro, o que vocês acham? Tem 3 grandes piscinas aquecidas, mas acho que a água é naturalmente quente. As piscinas têm um efeito de hidromassagem, são umas bolhas que saem do chão, bem engraçado. Tem uma sauna a vapor chamada "Aroma" que é bem bonitinha, com estátuas fofas, teto com buraquinhos coloridos, odor bom, musiquinha calma etc. Havia 2 laguinhos cobertos. Em um, a água girava em torno de 50ºC e no outro era um pouco mais de 0ºC. O povo saía de uma e ia direto para a outra!! Viva o choque térmico!





Nesse andar havia ainda um centro de bem-estar com umas 20 salas de massagem e banheiras chiques. "Me pergunto quando vou trabalhar num lugar desses. Me imagino fácil, fácil trabalhando num hotel SPA no meio da praia e montanha. Ui, que sonho." - Frase extraída do meu diário de viagem.


Saí do lugar toda mole, passei no mercado pra comprar comida, peguei o ônibus e depois o trem, de volta à Heidelberg.



Mito do dia: todos os alemães falam inglês





sexta-feira, 5 de março de 2010

Alemanha - Parte 2

Em Munique não fiz nada de muito importante. Eu ia pra lanhouse tentar decidir meu próximo destino e conversar com a minha mãe; e andava pela cidade o resto do tempo. Deve ser gostoso morar lá, eu moraria. Mas como turista não vi nada tão especial que me faça lembrar agora. Voltei do castelo e fui andando até o estádio olímpico. Devo ter andado uns 45 minutos. Todos me falavam para pegar um ônibus, mas não adianta, eu e minha mania de querer fazer tudo andando. Sorte minha, lá estava tendo um evento bem bacana, com muito comércio e comidas variadas. E acontecia o show de alguém importante também (para todos, não para mim). Acabei voltando de graça de ônibus e metrô, graças a esse evento, iuhu.
Ai ai, chegou a hora de contar sobre a minha queridinha, Freiburg. Logo que cheguei na estação de trem já sabia que ia gostar da cidade. Fui a pé até o albergue (como sempre) - Black Forest - e me perdi porque não tinha nenhum mapa. O albergue na verdade é uma casa, e muito gostosa e confortável. Não parece um albergue at all. O recepcionista era super gentil, atencioso e calmo. Conversamos em francês e ele me mostrou o albergue e deu dicas de passeios. Na sala de estar, que é enorme, tem vários sofás, violão, piano, espaço para crianças, mesa de bilhar, ping pong, livros etc. A cozinha é grande e tem todo o equipamento necessário para cozinhar, tais como panelas, pratos, sal, manteiga, tempeiros etc. O quarto fica do lado de um riacho, muito gostoso dormir escutando-o. O único problema é que o moço da cama do lado roncava muito. Uma hora que eu não aguentava mais ouvir aquilo, contei até 3 e dei um tapão na mesinha ao lado. Conclusão: acordei todo mundo mas a peste continuou a dormir e roncar. Bendito tampão que levo sempre comigo.

À frente dessa Igreja, havia algo bem interessante. Além de brinquedos para as crianças, como um parque de diversões, as pessoas montavam barraquinhas para vender tudo o que não queriam mais. Era tudo quanto é tipo de coisa: desde discos de vinil até papel higiênico usado (= aberto, não sujo). Bem bacana.


A cidade é extremamente fofa e eu dei sorte porque lá também acontecia um festival e tinha banda para todo lado, mesas, bebidas baratas e gente. Acabei comprando 3 blusas e 2 sorvetes. A Europa estava bem quente nessa época!
À noite voltei para o albergue e fiz spaguetti ao sugo, prato preferido dos mochileiros haha.
Jantei com uma francesa xamânica, bem gente boa ela. Lavamos a louça (é assim que funciona em albergue, você limpa a caca que faz) e fomos para a sala de estar. Havia um grupo de 20 gaúchos que estavam lá para se apresentar com dança típica alemã (agora imagine 20 alemães vindo para o Brasil para dançar samba). Fiquei até tarde conversando com todo mundo, fazendo música, dançando, até que veio o cara do albergue dizer que estávamos fazendo muito barulho, hihi. Desculpa aí hein, somos brasileiros, amigo.






Acordei cedinho e fui passear na montanha, subir até o topo dela, onde tinha uma torre mirante. Cheguei lá em cima bem suada, até tirei foto, toda orgulhosa (complexo de sedentários). Na descida, encontrei uma outra francesa que estava no mesmo quarto que eu. Voltamos juntas para o albergue. Cozinhei macarrão com soja para todo mundo e almoçamos todos felizes: eu, a francesa, e um mexicano penetra (brincadeirinha).






Fomos juntos para a estação de trem porque todos tínhamos um trem para pegar. Infelizmente, para destinos diferentes. O meu era Heidelberg!




domingo, 28 de fevereiro de 2010

Alemanha - Parte 1


Olá amigos!

Como passei 13 dias na Alemanha com um passe de trem ilimitado, não vi pouca coisa. Então resolvi separar em vários posts (ainda não sei quantos).
Essa primeira parte é sobre minha visita à Munique e Füssen.
Em Munique, tive o pior atendimento possível no albergue. A recepcionista era extremamente grossa (grossa mesmo, não seca). Fazia tempo que eu não me estressava tanto, me subiu o sangue à cabeça. Bom, eu fiz algumas confusãozinhas com máquina de comprar moeda pra colocar na máquina de lavar e secar. Vê? Até falando é complicado, imagina fazendo. Enfim, logo comprei chocolate e desestressei hihihi. O primeiro dia reservei pra planejar o que eu faria nos próximos dias, na lanhouse; e comprar uma câmera porque com a minha velha já não dava mais.
No segundo dia acordei cedinho para ir à Füssen, visitar o Schloss Neuschwanstein - o castelo que a Disney se inspirou para fazer o castelo da Cinderela - lindo de morrer (ou viver?!). Tomei o delicioso café da manhã, praticamente um banquete, que servia pão de forma, manteiga e chá (Olha gente, é sarcasmo, tá?!). Foi o pior albergue que fiquei, definitivamente.
No trem, fui conversando com uma família chilena muito simpática. Chegando na cidade, tínhamos que pegar 2 ônibus para chegar ao castelo, mas acabei pegando um taxi com eles.
A vovó da família tinha 90 e tantos anos e mesmo assim aguentou firme no caminho que só dava pra fazer a pé. E era subida ainda.
Eu estava empolgadíssima. Com tudo. O cenário era maravilhoso, a família simpatissíssima e estávamos nos aproximando do castelo mais bonito que já vi por fotos.





A visita no castelo é feita em grupos pré-determinados. E temos um tempo certo para permanecer em cada cômodo. Esse foi o único ponto fraco da visita. O castelo é lindo demais por dentro e por fora. O único porém é que estava reformando, como todos os monumentos da Europa, hunf.
Me senti muito bem dentro dele. É tudo bem decorado e de bom gosto. Minha mão até formigava de querer tirar foto (não podia). Mas não teve problema, depois fui na lojnha e tirei foto dos cartões postais.
Comemos algo no restaurante do castelo e saimos. Havia uma trilhazinha no caminho e óbvio que não resisti e fui xeretar. Os dois meninos foram comigo. A trilha dava numa linda cachoeira. Fiquei um tempinho lá.
Subimos de novo e avistei outra trilha. A família disse que tinha que ir embora pois iriam pegar outro trem em Munique. Tiramos uma foto, nos despedimos e segui a outra trilha. Pimba! Era trilha que dava na ponte altíssima que tinha a melhor vista do castelo.
Fui para o ponto de ônibus e começou a chover do jeito que chove em SP e alaga a cidade inteira em 15 minutos. Esperei uns 45 minutos e o ônibus chegou. Quando desci, lembrei que deveria pegar ainda outro ônibus. Só dava eu encharcada, sorrindo e descendo a rua pra pegar outro ônibus, que demoraria mais uma meia hora. Acabei puxando papo com uns garotos da Guatemala pra passar o tempo mais rápido. Depois sentamos juntos no trem a caminho de Munique.
Meu passeio em Munique conto no próximo post. Esse aqui já está muito grande.
Bye!

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Áustria









































Preciso me adiantar aqui, ainda faltam pelo menos 2 postagens pra completar esse blog. Logo vou fazer outro blog, pois, pra quem não sabe, vou trabalhar em navios de cruzeiro durante 9 meses, e pretendo fazer um blog com várias informações sobre esse tipo de trabalho. Daqui pouco menos de 2 meses começo.

(...) Depois de quase ter uma parada cardíaca no primeiro trem, com medo de não chegar a tempo de pegar o noturno até Viena, deu tudo certo, ufa.
O albergue fica no terreno de um super hotel, que chama "castelo" alguma coisa, então já imaginam, né? A vista era linda! Viena é uma cidade grande com arquitetura e construções particulares. Parece bem organizada e me senti segura lá.
No primeiro dia fui a um castelo chamado Belvedere. Eles possuem a coleção de quadros que hoje é a minha preferida. Acho que nunca passei tanto tempo observando cada quadro. É incrível o efeito de iluminação que os artistas dão. Ainda não entendo porque alguns pintores gostam tanto de fazer bebês com cara de demoninhos.
No resto dos dias fui conhecendo o que a cidade tem a oferecer. Quase tudo gira em torno do histórico musical que eles têm. O turismo funciona basicamente por isso. Fui assistir um concerto pequeno, mas num lugar que Mozart tocou quando tinha 7 anos, com sua irmã (irmã dele, não tua). Tinha um casal de bailarinos. Ah, foi engraçado e bonitinho, mas bem simples. Até que valeu. As ruas lá são bem limpas e "clean", no sentido de não ter poluição visual, tudo é bem aberto e é tudo bem tranquilo. Enfim, eu não moraria lá, acho tranquilo até demais pra uma cidade grande. O bom é que havia um festival de verão numa praça, com barracas de comidas do mundo inteiro, e música boa também.

Havia descoberto que meu primo Felipe estava na Áustria também. Então fui pra Innsbruck encontrá-lo. Cheguei lá na estação e ele já estava me esperando. O albergue era uns 20 minutos caminhando da estação. A cidade se localiza no meio de umas montanhas, é bem bonita. E o tempo estava relativamente bom, tinha sol mas chuviscava de vez em quando (isso em todos os dias que eu fiquei na Áustria e Alemanha). Andamos pelo centrinho, que é bem bonitinho e tinha bons sorvetes.
No dia seguinte, acordei às 5h50 para ir numa aula de Qi Gong gratuita (prática corporal meditativa chinesa), que acontecia num parque todos os dias. A mulher ensinou coisas interessantes, pena que era tudo em alemão e não entendi nada hihihi. Voltei para o albergue e fomos tomar café da manhã. Perto do albergue tinha uma montanha e fizemos uma trilha bem bacana lá. Entrar em contato com a natureza parece que preenche minha alma, é sempre tão bom...
No dia seguinte fomos para Salzburg e andamos sem rumo. A chuva parecia não parar nunca. Não sei se havia muita coisa para ver naquela cidade, optamos por ir ao museu e ex casa de Mozart. Foi bem interessante saber um pouco da vida desse gênio, ler algumas cartas que ele enviou e recebeu. Havia vários tipos de pianos que ele tocara quando mais jovem. Achei bem útil para o Felipe, já que é outro geninho da música e toca piano lindamente.
No outro dia nos separamos: eu fui pra Munique e Felipe foi para Viena encontrar o meu irmão.

ps: As casas austríacas são muito lindas e fofas.
ps2: Desisto de tentar colocar as fotos na disposição que quero nesse blog.