quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Lyon e Saint-Etienne

Olá amiguinhos fantasmas (palavra do dia: fantasma),
Antes de tudo, quero agradecer imensamente o fofo do Luan, um menino de Americana que comentou meu último post. Saiba que você é um dos motivos de eu continuar postando nesse blog (ainda que de vez em nunca). E que se houver outros como ele, por favor, dêem um "oizinho".






(...) quase nada em Barcelona estava me agradando, exceto a feira de frutas com os sucos maravilhosos. De uma hora pra outra resolvi deixar a cidade, só não sabia pra onde ia. Liguei para Solène, francesa que veio estudar na minha faculdade em SP. Eram 21h aproximadamente e perguntei se eu podia ir pra casa dela no outro dia. Detalhe: ela mora em Lyon, França. Ela conversou com a mãe e pai e disse que eu poderia ir sim. O que eu não sabia é que o dia seguinte era o Dia dos Pais lá na França, e ela passaria na casa do pai dela, que é separado da mãe.
Peguei vááários trens, acho que uns 4, só para ir de Barcelona até Lyon. Valeu a pena. Em uma das conexões, tive que esperar umas 3h em uma estação de trem que não tinha nada, era minúscula e não havia nem cidade, era só estrada hahaha. Bom, chegando nessa estação, eu tinha que reservar meu bilhete para o próximo trem, só que quando fui reservar, o "fofo" do vendedor disse que não havia mais lugares e que eu tinha que esperar até não sei quando, talvez até o outro dia. Ele não sabia com quem estava falando!!! Hunf...Enfim, desencanei disso e fui dar uma volta na cidade fantasma. Todas as outras pessoas ficaram hiper entediadas na estação fantasma durante as 3h. Eu, com meu mochilão e malinha de rodinhas, fui andando, andando, até que descobri o mar!!! Eu nem sabia que estava perto do mar ahahaha, foi tão lindo. Mas vocês não acreditam no vento de lá. Teve uma hora que fiquei com medo de ser jogada para o mar (calma mãe, estou inteira). Nossa, estou enrolando muito nisso que nem tem importância...ok, próximo parágrafo.







Peguei o trem sem bilhete mesmo (intrometida master) e tudo deu certo. Cheguei em Lyon e a Solène já estava lá esperando. Pegamos outro trem para Saint-Etienne, cidade onde mora o pai dela. Conheci a casa que eles construiram quase inteira, bem bonita. Eles têm um super jardim com uma super horta, super vista e super árvores com frutas deliciosas. Realizei o sonho da minha vida....COMI CEREJA DO PÉ. Tinha milhares de cerejas bem escuras, suculentas, pedindo para serem comidas. Óbvio que fiquei com disenteria no outro dia, mas isso não importa. Eles me acolheram incrivelmente bem, me senti em casa. No outro dia visitamos uma mina (mina de mina, não de garota) e foi bem legal, eu nunca tinha visitado uma antes. Nesse mesmo dia fomos para Lyon de carro, pois o pai da Sol ia pegar o TGV para Paris e a Sol ia ficar com o carro, iuhu. Era a chegada da primavera, e na França inteira fazem a Festa da Música, com várias bandas e atrações espalhadas pela cidade. À tarde a Sol me mostrou a cidade inteira: me mostrou a parte velha da cidade que é em uma colina; fomos em uma Igreja maravilhosa, fizemos campeonato pra ver quem cuspia o caroço da cereja mais longe (estávamos lá em cima), visitamos o anfiteatro romano construído no século 1. Isso mesmo, 1. Aliás, Lyon é uma cidade muito antiga, ela foi fundada em 43 a.c. pelos romanos. À noite passeamos na cidade inteira com os amigos dela. Havia muuuitas bandas distribuídas na cidade inteira. E tinha muita gente também. Foi bem divertido, adorei os amigos dela. E ela é demais também, eu rio o tempo todo com ela. O irmão dela também é um xuxuzinho...a gente foi buscar ele na escola e ele fica o tempo todo brincando com ela, e não pára de falar também (por que as crianças que cuidei não eram assim?)











Essa história merece um parágrafo só para ela. Saindo da casa dela, indo para a festa, estava meio quente, meio frio (meio São Paulo), então resolvi levar uma blusa na mão mesmo. Quando saímos do metrô eu já não estava mais com ela. Tive uma histeria porque era a única blusa que eu tinha levado nessa viagem (de manga). Ok, perdi, já era, depois me conformei. No outro dia, fomos buscar o irmão da Sol na escola e na volta quem eu vejo?? Minha blusa querida, embaixo de um carro, toda estrupiada. Ela devia ter sido atropelada várias vezes. Como uma boa sem-teto, peguei a blusa para continuar comigo na minha jornada (agora ela está sã e salva no meu armário). Tadinha, passou por maus bocados.


Esses meus 2 dias com a Solène foram muito bons, me senti muito em casa e querida. Sol, muito obrigada por ter me recebido, você é uma ótima amiga. Tudo de bom pra você! Na última noite, fiquei até umas 3h resolvendo para onde eu ia no dia seguinte, e tomei uma decisão louca de novo ahahaha. Bom, fica pro próximo post.
Beijos!